Empreendedorismo e inovação abrem caminhos para a Enfermagem

As interfaces da Enfermagem com o empreendedorismo e a inovação foram tema de debate nesta quarta-feira, no 23º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (23º CBCENF), realizado em Florianópolis, com transmissão ao vivo para inscritos de todo o Brasil.

Empreender em Enfermagem pode ser uma oportunidade para contribuir na melhora do sistema de saúde do Brasil, na avaliação dos debatedores. A professora Marta Cristiane Pereira, Universidade de São Paulo, acredita que os enfermeiros empreendedores ocupam uma posição estratégica e podem identificar problemas e desenvolver soluções que possam causar impacto na vida das pessoas.

Em sua apresentação, mostrou caso de enfermeiros que a partir de startups conseguiram mudar suas carreiras, inovar, impactar positivamente a sociedade e ser protagonista da sua vida profissional.

O enfermeiro Diego Tuber, do Hospital Federal da Lagoa, no Rio de Janeiro, atua na área de Enfermagem esportiva. Para ele, a atuação de uma equipe multidisciplinar no acompanhamento de atletas no esporte pode mudar vidas.

Essa especialidade foi aprovada pelo Cofen em 2019, e o profissional é preparado para atuar em academias de ginástica, centros de treinamentos desportivos, esporte olímpico e paraolímpico, modalidades esportivas profissionais e de base, dentre outras áreas, tendo como foco o desenvolvimento de ações de Enfermagem buscando a prevenção, promoção e reabilitação do atleta, inclusive os de alto rendimento.

Enfermagem está posicionada de forma única a criar técnicas inovadoras

A enfermeira Erica Fernandes, da UFRN, ressalta que a Enfermagem está posicionada de forma única a criar técnicas inovadoras. “Todos os dias, os enfermeiros trazem recursos e profunda experiência do paciente para suas funções, adaptando-se aos desafios e naturalmente identificando oportunidades para melhores o atendimento às pessoas”, afirma ela.

Empreender é a capacidade de transformar ideias e oportunidades em ações, criando valor para a sociedade, o que na Enfermagem está na saúde e bem-estar das pessoas.

Segurança jurídica e fortalecimento institucional – O direito a empreender e ter o próprio negócio é respaldo pela Lei do Exercício Profissional ( Lei 7.498/86), que assegura a autonomia do enfermeiro, e regulamentado pelas Resoluções 358/19, 568/18 e 606/19, do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

Recentemente, a autarquia instituiu um Grupo de Trabalho de Inovação e Empreendedorismo na Enfermagem, formado por pesquisadores e experts no assunto, para dar apoio institucional a quem deseja seguir esse caminho. O debate, idealizado pelo GT de Inovação e Empreendedorismo do Cofen, foi mediado pelo enfermeiro Ricardo Siqueira,  da Câmara Técnica de Atenção Básica (CTAB/Cofen).

Fonte: Cofen | Portal da Enfermagem