Enfermeira recebe prêmio por captação de órgãos para transplante

Enfermeira recebe prêmio por captação de órgãos para transplante

Cada peça importa, se um órgão do corpo não funciona bem, o impacto pode ser geral. É por isso que receber um transplante pode ser a última chance de alguém. A enfermeira Jaqueline Foppa, de Dourados (MS), é uma notável profissional que ajuda na substituição de peças do corpo de quem espera nascer de novo.

São ótimos os resultados conseguidos por ela no processo de captação de órgãos, difícil etapa que envolve uma conversa sensível com familiares de quem acaba de morrer.

Seu empenho rendeu premiação no concurso “Destaque no Processo de Doação e Transplantes de Órgãos 2021″, do Sistema Nacional de Transplante. Ela receberá a homenagem em Brasília, em 27 de setembro, Dia Nacional da Doação de Órgãos.

Jaqueline trabalha no Hospital da Vida e faz parte da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), formada por uma equipe igualmente competente. Coordenador da CIHDOTT, o médico Antônio Pedro Bittencourt vai além do profissional ao falar de Jaqueline. “Uma pessoa espetacular e muito competente”, define.

Em breve, o município onde a enfermeira atua terá uma Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO), financiada pelo Fundo Nacional de Saúde. A expectativa é de que o trabalho regional de captação e transplantação tenha ainda mais destaque.

Acolhimento e trabalho em equipe  O coração da enfermeira é o órgão que salta à frente de suas muitas tarefas durante os plantões na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), setor onde está alocada. Nos casos de morte encefálica atestada e doação de órgãos autorizada, ela não somente corre contra o tempo para a captação deles, como também acolhe familiares que vão viver o luto. Os profissionais da CIHDOTT são capacitados para esse trabalho.

A premiação estimula ainda mais a profissional. “A doação de órgãos é um gesto nobre que pode salvar vidas. Receber este prêmio é resultado de muito trabalho dos profissionais que comigo trabalham. Estendo essa homenagem aos demais integrantes da CIHDOTT, do Hospital da Vida de Dourados e à Central Estadual de Transplante, que nunca mediram esforços para fazer parte disso. Agradeço também aos familiares que possibilitaram as doações. Meu sentimento é de gratidão e alegria”, diz Jaqueline.

Setembro Verde – A recusa familiar é um dos principais motivos para que um órgão não seja doado no Brasil, por isso o processo de captação é tão importante. Com sensibilização e esclarecimentos sobre o processo de doação, muitos nãos podem virar sins.

Em Mato Grosso do Sul a negativa de famílias para a doação de órgãos e tecidos de seus parentes depois da comprovação da morte encefálica chega a 70%, segundo a Central Estadual de Transplantes. No mês de conscientização sobre doação de órgãos e tecidos, o “Setembro Verde” surge em alusão ao Dia Nacional do Doador de Órgãos para conscientizar sobre o gesto de amor e humanidade.

Em Mato Grosso do Sul, 428 pessoas estão na fila de espera aguardando por um transplante de órgãos, sendo 277 pacientes esperando por uma córnea, 147 por um rim e quatro por um transplante de coração.

Fonte: Cofen | Portal da Enfermagem